São Leonardo Murialdo

Festa: 18 de maio

Leonardo Murialdo

País: Itália

Festa: 18 de maio

Nasceu no dia: 26/10/1828

Faleceu em: 30/03/1900

Leonardo Murialdo é uma das figuras de singular santidade que caracterizaram a Igreja piemontesa no século XIX, como as fortes personalidades de Cottolengo, Cafasso, Lanteri, Allamano, Dom Bosco e Dom Orione, com suas intuições perspicazes, amor genuíno pelos pobres e confiança sem limites na Providência. Através de sua ação, a caridade da Igreja foi capaz de promover efetivamente a emancipação material e espiritual dos filhos do povo, vítimas de graves injustiças e marginalizados no tumultuoso processo de modernização da Itália e da Europa. A experiência espiritual deste santo de Turim, amigo e colaborador de Dom Bosco, está enraizada numa grave crise juvenil, um período difícil e doloroso de afastamento de Deus, aos 14 anos, que Leonardo nunca esqueceria e distinguiria a sua vida e missão, marcando o seu trabalho educativo e pastoral com doçura, compreensão e paciência. O “retorno à luz” aconteceu com a graça de uma confissão geral, na qual ele redescobriu a imensa misericórdia de Deus. Aos 17 anos, Murialdo tomou a decisão de ser padre, como resposta amorosa a Deus que o havia agarrado com o seu amor. Voltando a Deus após o desvio da juventude, Murialdo experimentou de maneira forte e vital o amor misericordioso e acolhedor do Pai, que se tornou a alma de sua ação apostólica e social, especialmente em favor dos jovens e dos trabalhadores.

Leonardo Murialdo é uma das figuras de singular santidade que caracterizaram a Igreja piemontesa no século XIX, como as fortes personalidades de Cottolengo, Cafasso, Lanteri, Allamano, Dom Bosco e Dom Orione, com suas intuições perspicazes, amor genuíno pelos pobres e confiança sem limites na Providência. Através de sua ação, a caridade da Igreja foi capaz de promover efetivamente a emancipação material e espiritual dos filhos do povo, vítimas de graves injustiças e marginalizados no tumultuoso processo de modernização da Itália e da Europa.

A experiência espiritual deste santo de Turim, amigo e colaborador de Dom Bosco, está enraizada numa grave crise juvenil, um período difícil e doloroso de afastamento de Deus, aos 14 anos, que Leonardo nunca esqueceria e distinguiria a sua vida e missão, marcando o seu trabalho educativo e pastoral com doçura, compreensão e paciência. O “retorno à luz” aconteceu com a graça de uma confissão geral, na qual ele redescobriu a imensa misericórdia de Deus. Aos 17 anos, Murialdo tomou a decisão de ser padre, como resposta amorosa a Deus que o havia agarrado com o seu amor. Voltando a Deus após o desvio da juventude, Murialdo experimentou de maneira forte e vital o amor misericordioso e acolhedor do Pai, que se tornou a alma de sua ação apostólica e social, especialmente em favor dos jovens e dos trabalhadores.

Nasceu em Turim, em 26 de outubro de 1828. Seu pai, um rico agente de câmbio, morreu em 1833. Sua mãe, mulher muito religiosa, enviou seu pequeno “Nadino” para um internato em Savona, com os Padres Escolópios, onde ele ficou de 1836 a 1843. Ao retornar a Turim, frequentou os cursos de teologia na Universidade e, em 1851, tornou-se sacerdote. Sua espiritualidade, fundamentada na Palavra de Deus e na sólida doutrina de autores seguros como Santo Afonso e São Francisco de Sales, foi animada pela certeza do amor misericordioso de Deus. O cumprimento da vontade de Deus na realidade quotidiana, uma vida intensa de oração, um espírito de mortificação e um amor ardente pela Eucaristia caracterizaram o seu caminho de fé.

Em colaboração com Dom Bosco, ele logo optou por nos primeiros oratórios de Turim, entre os meninos pobres e abandonados dos subúrbios: primeiro no Oratório Anjo da Guarda, até 1857, e depois no Oratório São Luís como diretor de 1857 a 1865. Ele passou um ano de atualização em Paris, até que a Providência o chamou em 1866 para tomar conta de jovens ainda mais pobres e abandonados: os do colégio dos “Artigianelli” de Turim. Desde então, toda sua vida foi dedicada ao acolhimento, à educação cristã e à formação profissional desses jovens, numa época marcada por fortes contrastes sociais criados pela industrialização emergente e devido às dificuldades das classes sociais mais pobres. Em meio a sérias dificuldades econômicas, esta deveria ser sua principal atividade até o fim.

Leonardo Murialdo tornou-se amigo, irmão, pai dos jovens pobres, sabendo que em cada um deles há um segredo a ser decifrado: a beleza do Criador refletida na alma. Ele via-os frágeis, deixados à mercê de si mesmos ou unidos a adultos sem escrúpulos, forçados a viver na ociosidade, na ignorância, na escravidão das paixões que teriam crescido cada vez mais se não tivessem sido combatidas, ricos apenas de “ignorância, selvageria e vícios”. Acolhia todos aqueles que a Providência lhe confiava, fiel ao lema que ele mesmo se tinha dado: “Pobres e abandonados: estes são os dois requisitos essenciais para que um jovem seja um dos nossos; e quanto mais pobre e abandonado ele for, mais ele é dos nossos”. Queria gastar suas melhores energias com esses jovens para que nenhum deles se perdesse. Nisso, foi ajudado por Irmãos e leigos de grande abertura de espírito que compreenderam e compartilharam as profundas motivações de seu ministério.

Para eles fundou em 1873 a “Congregação de São José” (Giuseppini del Murialdo), a fim de garantir a continuidade de sua ação social e caritativa. O objetivo da Congregação é a educação dos jovens, especialmente pobres e abandonados. Ele colaborou em muitas iniciativas no campo social em defesa dos jovens, dos trabalhadores e dos mais pobres. Nos anos seguintes, inicia novas obras: uma casa-família (a primeira na Itália), uma colônia agrícola, outros oratórios, com várias outras obras. Murialdo foi uma presença significativa no movimento católico piemontês. Trabalhou pela imprensa católica, foi ativo na “Obra dos Congressos” e um dos animadores da “União Operária Católica”.

São Leonardo soube ser pai dos seus jovens em tudo o que dizia respeito ao seu bem-estar físico, moral e espiritual, cuidando de sua saúde, alimentação, vestuário e formação profissional. Ao mesmo tempo, incentivou a preparação e a qualificação dos responsáveis pelos diversos laboratórios, procurando aperfeiçoar a sua capacidade educativa através de conferências pedagógico-religiosas. Ele nunca negligenciou o desenvolvimento religioso, assim como humano, dos jovens. “O nosso programa”, escreveu ele, “não é apenas para fazer de nossos jovens trabalhadores inteligentes e laboriosos, muito menos orgulhosos, mas acima de tudo torná-los cristãos sinceros e honestos. Para este fim, desenvolveu entre eles a catequese, encorajou a prática sacramental e aumentou as associações para crianças e adolescentes, incentivando-os a serem apóstolos entre seus pares. Neste sentido, fundou a Confraria de São José e a Congregação dos Anjos da Guarda”.

Suave nos modos, como observam seus biógrafos, era sempre modesto e o seu rosto era suavizado por um sorriso que convidava à confiança. Era sereno e afável mesmo quando devia repreender, tanto que seus aprendizes, já adultos, o descreveram como “um pai afetuoso, um pai verdadeiro, um pai amoroso”. Estava convencido de que “sem fé não se agrada a Deus, sem doçura não se agrada ao próximo”. Foi a experiência do amor misericordioso do Pai celeste que o inspirou a tomar conta dos jovens. Fez disso uma opção de vida, deixando-se guiar por um amor solícito e empreendedor que transformou sua vida e tornou-o atento à realidade social e paciente com seu próximo. Manteve seu olhar fixo no Pai celeste que espera por seus filhos, respeita sua liberdade e está pronto para abraçá-los ternamente no momento do perdão. Sua existência terrena terminou em 30 de março de 1900.

Paulo VI proclamou-o Beato em 1963 e Santo em 3 de maio de 1970

Senhor bom e misericordioso, nós vos agradecemos pelo testemunho evangélico de São Leonardo Murialdo. Nós vos pedimos que nos sustente, seguindo o seu exemplo e nos ajude nas dificuldades da vida. Vós que o deu aos jovens como amigo, irmão e pai, concedei-nos a graça de continuar a sua missão na Igreja com caridade humilde e coragem confiante, para que o mundo possa conhecer-vos e acreditar no vosso amor. Amém.