Chamam-se Cooperadores aqueles que desejam ocupar-se com
obras de caridade, não em geral, mas em especial, de acordo e no
espírito da Congregação de São Francisco de Sales.
Um Cooperador, sozinho, pode fazer algum bem, mas o fruto
permanece muito limitado e principalmente de pouca duração.
Contudo, unido a outros, encontra apoio, conselho, coragem e,
frequentemente, com pequeno esforço, ganha muito, porque até
forças frágeis se tornam fortes se estiverem unidas. De aí o famoso
axioma que a união faz a força! Nossos Cooperadores, seguindo a
finalidade da Congregação Salesiana se aplicarão conforme suas
forças para abrigar meninos em perigo e abandonados nas ruas
e praças; iniciá-los no catecismo, entretê-los nos dias festivos e
colocá-los junto a patrões honestos, aconselhando-os, ajudandoos o quanto se pode para fazer deles bons cristãos e honestos
cidadãos. As normas a seguir nas obras, que com essa finalidade
serão propostas aos Cooperadores, serão matéria do Boletim
Salesiano» (Dom Bosco, no primeiro Boletim Salesiano, agosto de
1877).
O Projeto de Vida Apostólica (the PVA) define o perfil do Salesiano
Cooperador, a fim de ser idôneo à sua vocação e missão.
Os aspectos mais significativos são:
• Uma pessoa rica em humanidade, qualidade típica do
humanismo otimista de São Francisco de Sales, que leva a ter
uma visão positiva de si mesmo, da realidade, da Igreja, do
Mundo, porque aprende a ver Deus em todas as coisas e vê-las
com o olhar de Deus.
• Um batizado, com imenso amor à Igreja, que vive com alegria,
reconhecimento e responsabilidade a sua condição de Filho de
Deus, discípulo de Jesus, inserido nas realidades temporais com
clara identidade e prática de vida cristã.
• Um salesiano do mundo, segundo a intuição original de Dom
Bosco, que o queria um apaixonado colaborador de Deus através
das grandes opções da missão salesiana: a família, os jovens, a
educação, o Sistema Preventivo, o compromisso social e político.
Para ser Salesiano Cooperador
É preciso, sobretudo, estar convencido de que “o Espírito do Senhor
enche o universo”; este não se satisfaz em inspirar a vocação de
padres e religiosos: antes, “chama” todo batizado a encontrar seu
lugar inédito na Igreja e cumprir sua tarefa específica na missão
comum. É preciso, pois, orar: “Vem Espírito de Luz, mostra-me o
meu caminho!”
É preciso, também, ter gosto pela vida cristã autêntica, diante
de muitos batizados que parecem ignorar completamente as
exigências de seu batismo. É preciso desejar fugir da mediocridade,
da piedade formal, para levar o Evangelho a sério e tentar a
extraordinária aventura da fé vivida e da vida doada.
É preciso, ainda, ser sensível aos problemas da juventude e da
pobreza, estar ciente de que são os problemas mais decisivos
do nosso mundo e do seu futuro próximo, portanto, ter simpatia
pelos jovens e os pobres, e desejar ajudá-los a garantirem a própria
promoção humana e cristã.
É preciso conhecer Dom Bosco e constatar que a sua figura, a sua
obra, o seu espírito realista e dinâmico e o seu método educativo
correspondem a ALGUNS aspectos do nosso próprio caráter. Segui-
lo e trabalhar com ele desenvolverão, pois, os nossos dons naturais
e sobrenaturais para proveito da Igreja.
Enfim, é preciso ter sentido fraterno, amar o encontro com os outros,
amar o trabalho dos outros, aceitar os valores da responsabilidade
e da colaboração e, portanto, uma certa disciplina de ação.
Os jovens e adultos que dizendo “Sim” ao convite do Espírito Santo,
comprometem-se por toda a vida a viver o cristianismo integral no
espírito de Dom Bosco e educar os jovens, tornam-se Salesianos
Cooperadores.
"É preciso ter consciência de que comprometer-se como Salesiano
Cooperador é aceitar uma autêntica vocação salesiana apostólica”
(CGE n. 730). Para acontecer tudo isso, é necessário seguir um
caminho de formação.
11 REGIÕES – 30.000 (ASSCC)
ITÁLIA – ORIENTE MÉDIO – MALTA 6700
IBÉRICA 3550
EUROPA CENTRO OESTE 1738
EUROPA CENTRO ESTE 4395
ÁSIA SUL – ÍNDIA 2511
ÁFRICA – MADAGASCAR 3404
AMÉRICA – CONE SUL 1440
ÁSIA ESTE – OCEANIA 1955
BRASIL 1505
INTERAMÉRICA 2449
PACÍFICO CARIBE SUL 353
Missões
Segundo o pensamento de Dom Bosco, o Salesiano Cooperador
realiza o seu apostolado, em primeiro lugar, nos trabalhos
quotidianos. Ele quer seguir Jesus Cristo, Homem perfeito, enviado
ao mundo pelo Pai.
Por isso tende a construir, nas condições normais de vida, o
ideal evangélico de amar a Deus e ao próximo. Faz isso animado
pelo Espírito Salesiano dando em todos os lugares uma atenção
privilegiada à juventude carente.
Organização flexível
A Associação possui uma estrutura flexível e funcional, baseada
em três níveis de governo: local, provincial e mundial. Com essa
organização, garante a eficácia da sua ação no território e a abertura
à universalidade da comunhão e da missão (PVA/S34).
Os “Salesianos externos”, dos quais os Salesianos Cooperadores
são os legítimos herdeiros, de acordo com as Constituições, sejam
leigos ou sacerdotes, deveriam “buscar a perfeição”, “manter um
padrão de vida estritamente cristão”, exercitando “toda obra de
Caridade espiritual e corporal pelos jovens, especialmente os mais
pobres”.
Os Salesianos Cooperadores também têm como “objetivo
fundamental” “fazer o bem a si mesmos através de um teor de vida,
o quanto possível, ao que se tem na vida comum”, com exercícios
de piedade adequados a quem se inspira no ideal dos conselhos
evangélicos em sua condição secular e revive o ideal das antigas
ordens terceiras com a prática da caridade; tudo isso com um estilo
particular, o salesiano, enquanto é a vida salesiana que eles tomam
como modelo e desejam realizar em suas condições (cf. Estatuto IV
do PVA e conclusão)