Bem-Aventurada Alexandrina Maria da Costa

Festa: 13 de outubro

Alexandrina Maria da Costa

País: Portugual

Festa: 13 de outubro

Nasceu no dia: 30/03/1904

Faleceu em: 15/10/1950

Alexandrina nasceu em Balasar, província do Porto, arquidiocese de Braga (Portugal), no dia 30 de março de 1904 e foi batizada no sábado santo dia 2 de abril seguinte. Foi educada de maneira cristã por sua mãe, junto com sua irmã Deolinda. Alexandrina permaneceu com a família até os sete anos de idade, depois foi enviada à Póvoa do Varzim, com a família de um carpinteiro, para frequentar a escola primária, que não havia em Balasar. Ali ela fez a Primeira Comunhão em 1911 e no ano seguinte recebeu do Bispo do Porto o sacramento da Confirmação. Após dezoito meses voltou para Balasar e foi morar com sua mãe e irmã na aldeia do “Calvário”, onde permaneceu até a morte. Começou a trabalhar no campo; de constituição forte acompanhava os homens e ganhava tanto quanto eles. Sua infância foi muito animada: com um temperamento alegre e comunicativo, era muito amada por seus companheiros. Aos doze anos, no entanto, ela adoeceu: uma infecção grave, talvez febre tifoide intestinal, levou-a à beira da morte. Ela superou o perigo, mas seu corpo ficará para sempre marcado por esse episódio.

13 de outubro – Bem-Aventurada Alexandrina Maria da Costa

 

Alexandrina nasceu em Balasar, província do Porto, arquidiocese de Braga (Portugal), no dia 30 de março de 1904 e foi batizada no sábado santo dia 2 de abril seguinte. Foi educada de maneira cristã por sua mãe, junto com sua irmã Deolinda. Alexandrina permaneceu com a família até os sete anos de idade, depois foi enviada à Póvoa do Varzim, com a família de um carpinteiro, para frequentar a escola primária, que não havia em Balasar. Ali ela fez a Primeira Comunhão em 1911 e no ano seguinte recebeu do Bispo do Porto o sacramento da Confirmação.

Após dezoito meses voltou para Balasar e foi morar com sua mãe e irmã na aldeia do “Calvário”, onde permaneceu até a morte. Começou a trabalhar no campo; de constituição forte acompanhava os homens e ganhava tanto quanto eles. Sua infância foi muito animada: com um temperamento alegre e comunicativo, era muito amada por seus companheiros. Aos doze anos, no entanto, ela adoeceu: uma infecção grave, talvez febre tifoide intestinal, levou-a à beira da morte. Ela superou o perigo, mas seu corpo ficará para sempre marcado por esse episódio.

Aos quatorze anos ocorreu o evento decisivo para a sua vida. Era o sábado santo de 1918. Naquele dia, ela, sua irmã Deolinda e uma aprendiz estavam ocupadas com suas costuras quando perceberam que três homens estavam tentando entrar em seu quarto, que conseguiram arrombar apesar de as portas estarem trancadas. Para salvar a sua pureza, Alexandrina não hesitou em se atirar da janela de uma altura de quatro metros.

As consequências foram terríveis, embora não imediatas. De fato, os vários exames médicos a que foi submetida mais tarde, diagnosticavam com crescente clareza, uma siutação irreversível. Até os dezenove anos, ela ainda era capaz de se arrastar até a igreja, onde, toda encolhida, ficava feliz, para admiração do povo. Depois, a paralisia progrediu sempre mais, até que as dores se tornaram terríveis, as articulações perderam a mobilidade e ela ficou completamente paralisada. Em 14 de abril de 1925 Alexandrina foi levada à cama, para nunca mais se levantar, durante os trinta anos restantes de sua vida.

Até 1928, ela não deixou de pedir ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, prometendo que, se fosse curada, continuaria o trabalho missionário. Mas assim que percebeu que o sofrimento era a sua vocação, ela o abraçou prontamente.

Dizia: “Nossa Senhora deu-me uma graça ainda maior. Primeiro a resignação, depois a total conformidade com a vontade de Deus, e finalmente o desejo de sofrer”. Os primeiros fenômenos místicos datam desse período, quando Alexandrina iniciou uma vida de grande união com Jesus nos Tabernáculos, por meio de Maria Santíssima. Um dia, quando estava sozinha, ela teve de repente este pensamento: “Jesus, tu és um prisioneiro no Tabernáculo e eu estou na minha cama por tua vontade. Faremos companhia uma ao outro”.

Desde então começou sua primeira missão: ser como a lâmpada do Tabernáculo. Passava suas noites como uma peregrina de Tabernáculo em Tabernáculo. Em cada Missa ela se oferecia ao Pai Eterno como vítima pelos pecadores, junto com Jesus e de acordo com suas intenções. A partir de 1934, a convite do padre jesuíta Mariano Pinho, que a dirigiu espiritualmente até 1941, Alexandrina escreveu o que Jesus lhe dizia de tempos em tempos. Em 1936, por ordem de Jesus, ela pediu ao Santo Padre, através do Padre Pinho, a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Esta súplica foi renovada várias vezes até 1941, quando a Santa Sé interrogou três vezes o Arcebispo de Braga sobre Alexandrina.

O amor ao sofrimento crescia nela à medida que sua vocação como vítima se tornava mais clara. Ela fez o voto de sempre fazer o que era mais perfeito. De sexta-feira 3 de outubro de 1938 a 24 de março de 1942, ou seja, 182 vezes, toda sexta-feira ela revivia os sofrimentos da Paixão. Alexandrina, superando seu estado habitual de paralisia, saia da cama e com movimentos e gestos acompanhados de dor angustiada reproduzia os diversos momentos da Via Sacra durante três horas e meia. “Amar, sofrer, reparar” foi o programa que o Senhor lhe indicou.

Em 31 de outubro de 1942, Pio XII consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria com uma mensagem transmitida em português para Fátima. O Papa renovou o ato de consagração em Roma, na Basílica de São Pedro, no dia 8 de dezembro do mesmo ano. A partir de 27 de março de 1942, Alexandrina deixou de comer, vivendo apenas da Eucaristia. Em 1943, durante quarenta dias e quarenta noites, o jejum absoluto e a anúria foram estritamente controlados por médicos talentosos do hospital do estuário do Douro, perto do Porto.

Em 1944, o novo diretor espiritual, o salesiano P. Humberto Maria Pasquale, encorajou Alexandrina a continuar a ditar seu diário, tendo apurado as alturas espirituais que ela alcançara; ela o fez em espírito de obediência até sua morte. No mesmo ano de 1944, Alexandrina inscreveu-se na União dos Salesianos Cooperadores. Ela quis colocar o diploma de Cooperadora “em um lugar onde sempre pudesse tê-lo diante dos olhos”, a fim de colaborar com sua dor e orações para a salvação das almas, especialmente dos jovens. Ela rezava e sofria pela santificação dos Cooperadores do mundo todo.

Apesar do seu sofrimento, ela também continuou a interessar-se e trabalhar em benefício dos pobres, do bem espiritual dos paroquianos e de muitos outros que recorriam a ela. Promoveu tríduos, Quarenta Horas e celebrações da Quaresma em sua paróquia. Especialmente nos últimos anos de vida, muitas pessoas vinham a ela de longe, atraídas por sua reputação de santidade, e muitas atribuíram a própria conversão aos seus conselhos.

Em 1950 Alexandrina celebra o 25º aniversário de imobilidade. Em 7 de janeiro de 1955 Jesus anunciou-lhe que esse seria o ano de sua morte. Em 12 de outubro ela quis receber a Unção dos Enfermos. No dia 13 de outubro, aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, foi ouvida a exclamar: “Estou feliz, porque estou indo para o céu”. Às 19h30, ela faleceu. No Porto, na tarde de 15 de outubro, as floriculturas ficaram sem rosas brancas: todas elas foram vendidas. Um tributo floral a Alexandrina, que havia sido a rosa branca de Jesus.

Em 1978, seus restos mortais foram transladados do cemitério de Balasar para a igreja paroquial, onde seu corpo repousa numa capela lateral. Em seu jazigo estão estas palavras desejadas por ela: “Pecadores, se as cinzas do meu corpo podem ser úteis para salvá-los, aproximem-se, pisem nelas até que desapareçam. Mas não pequem mais; não ofendam mais o nosso Jesus”. Esta é a síntese de sua vida passada exclusivamente para salvar almas.

Venerável em 21 de dezembro de 1995; beatificada em 25 de abril de 2004 por São João Paulo II.

Deus misericordioso, que fizestes resplender na Igreja o exemplo da Beata Alexandrina Maria, intimamente unida à Paixão do vosso Filho, para que em todas as partes do mundo se acendessem o culto eucarístico e a devoção ao Imaculado Coração de Maria, concedei-nos por sua intercessão, ser morada do Espírito Santo e testemunhas autênticas do vosso amor. Nós vos pedimos que glorifiqueis esta vossa humilde serva e nos concedais, por sua intercessão, a graça que vos pedimos… Por Cristo nosso Senhor. Amém.